sábado, 4 de outubro de 2008

Aula 8 - A Sociedade da insegurança

Tema: Violência profissional na área da saúde.
Filme: Ratos de Rua

O filme demonstra vários tipos de violência, como a moral, a social, a física, a psicológica a simbólica, na forma de preconceito. Utilizando esses conceitos de preconceitos discutimos a relação de violência na vida profissional. Discutindo os problemas mais comuns na nossa área, a saúde, escolhemos uma prática que acontece constantemente no serviço, principalmente no público, e que temos que ter um maior cuidado ao se deparar com essa situação.

"Raquel, uma mulher solteira de 20 anos, está grávida de seu terceiro filho. Sai deprimida de sua casa do bairro Campo Limpo (em São Paulo) e se dirige a uma U.B.S. em busca de uma assistência, pois está passando por sérias dificuldades. Ao chegar, preenche uma ficha e aguarda ser chamada por sua obstetriz Ana. Chega sua vez e começa relatando seu histórico e suas dificuldades. Ao revelar seu desejo pelo aborto, a obstetrica tenta mudar sua opinião, explicando que não é a melhor opção e que os problemas poderão ser resolvidos de outra forma, menos dramática. Raquel, após a consulta, pensa novamente em sua vontade, mas não acata a opinião da obstetriz e decide-se pelo aborto.
Após isso, Raquel conversa com suas ''amigas'' que lhe dão várias opções para efetuá-lo. Por falta de recursos financeiros, ela opta por introduzir uma agulho de tricô na vagina, pois uma de suas amigas lhe disse que funcionava. Após o ato, ela se sente mal e vai até um hospital onde não recebe os devidos cuidados. É pré-julgada e discriminada por parte dos profissionais de saúde que agem com agressividade, maltratando-a moralmente e psicologicamente.
Raquel sai do hospital com sequelas físicas e psicológicas e apresenta-se receosa se tal situação lhe ocorrer novamente."

Moral da história: O profissional de saúde não pode intervir na vida do paciente e, muito menos, criticar e negar uma assistência social adequada.

Tipos de violência relatados:
1. física: aborto.
2. psicológica: opinião da paciente é suprimida.
3. moral: agressividade no tratamento da paciente por parte dos profissionais de saúde.
4. à dignidade da pessoa: ausência dos Direitos Humanos nessa relação pessoa-profissional de saúde.

A partir dessa crônica, percebemos o quão importante é o papel de um profissional que consiga distinguir que uma simples atitude de um algum tipo de violência (a psicológica, descrita acima), pode ser um tipo de experiência traumática para o paciente/cliente. Com essas dinâmicas, nós, futuros profissionais, podemos enxergar os mais variados tipos de violência que quase sempre são cometidas na nossa prática, e assim, podemos evitar esse tipo de atitude.


Logo que pensamos em violência, o que vem na nossa cabeça é o ato físico, no entanto, existem diversas formas de violência.

Mariana

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aula 7 - Conhecimento Transversal, interdisciplinar e a metáfora de “redes”

Texto: PET - PSICOLOGIA, EDUCAÇÃO E TEMAS CONTEMPORÂNEOSTemas transversais e estratégias de projetos - Ulissis Araújo
O mundo sempre foi entendido em partes, desde a natureza é entendida como ciência. E como em pedaços, o conhecimento também foi se dividindo, e hoje vemos muitas especialidades e pouca integração entre os profissionais.
Muitas Universidades estão inseridas nesse ponto de vista , não só faculdades, mas escolas, locais de trabalho, etc. e como esse conceito não estimula a aprendizagem coletiva e integração entre as mais diversas áreas do conhecimento, o profissional formado por instituições desse tipo não saem capacitados para lidar com outros que não sejam da mesma área que ele.
E para inovar, tentar criar um novo projeto de maneira de dar aulas (por enquanto só no ensino superior), ou seja, quebrar o modelo cartesiano de ensino na faculdade, foi criado o Ciclo Básico na EACH. Que tem em seu plano, criar novas experiências, tanto para os alunos quanto pra o professor!
Nossos cursos foram criados dentro de uma universidade que foi moldada nos modelos "tradicionais" e essa nova mudança gera muitos debates.
A proposta do Ciclo Básico é criar teias de conhecimento ao invés de estudar apenas um pedaço.
Essas teias de conhecimento podem ser entendidas como novas complexidades. Para poder posiciona-los sobre o que são essas novas complexidades, farei um paralelo com as relações pessoais: Devido as tecnologias, foram criadas novas complexidades para nossas relações. E não sei se foi uma coisa de causa e efeito, mas devido a isso, o velhos papéis, como de aluno/professor foram mudados. Antes, o aluno perguntava e o professor explicava, porém conservada o poder do conhecimento em suas mãos, então era aluno pergunta-professor explica (sem muita conversa). Essas relações foram mudando, pois, com o acesso mais fácil à informação (lê-se: Internet), os alunos também tinham o conhecimento, muitas vezes até antes do professor. Isso gerou novas e maiores possibilidades de diálogo/relações.
Bom, explicando o que entendo por complexidades e ,espero, ter conseguido explicar a vocês, explicarei como a educação pode trabalhar isso.
Partindo de que o trabalho está centrado nas relações entre pessoas, e não só em especificidades, podemos dizer que a educação não trabalha sozinha, e no caso de uma faculdade, deve preparar a pessoa para o trabalho, e consequentemente para suas futuras relações.
Assim, entendo que a educação deve permear possibilidades de decisões, escolhas, apostas riscos e incertezas, já que o mercado de trabalho almeja isso das pessoas.
E dessa maneira, o Ciclo Básico, com suas salas juntando alunos de diferentes cursos para aulas não específicas, cria um ambiente no qual percebe-se que o conhecimento está nas relações entre pessoas e de uma forma ou de outra, preparando os alunos para um mercado de trabalho que necessita de profissionais que saibam lidar com a inter, multi ou transdisciplinaridade.Essa imagem mostra uma sala de aula tradicional. Também têm dessas lá na EACH, porém tem uma disciplina que nem se quer usa esse modelo entre 4 paredes. É a disciplina de Resolução de Problemas, essa é uma das únicas matérias que estimula realmente o aluno a pensar, a pesquisar. O professor está lá para orientar os alunos e não ensiná-los! Os alunos escolhem um tema geral para a sala e se dividem em grupos já estabelecidos pela Graduação, então a pessoa não sabe com quem vai ter que fazer o projeto. Dentro desses grupos é escolhida um sub-tema, e é sobre esse sub-tema que os alunos vão pesquisar durante um período de um semestre (tempo que dura a disciplina). Ao final é apresentado uma pesquisa sobre o tema de cada grupo para a sala em geral. Esse modelo de disciplina "obriga" os alunos a não estudar apenas dentro de quatro paredes, com a possibilidade de pesquisa de campo, esses alunos tem total liberdade para criatividade e inovação, e esse conhecimento não fica restrito apenas entre 4 paredes!

Mariana

PS.: Particularmente eu adorei essa aula, só acho que o professor ficou devendo um pouco em relação aos debates, sei que o horário da aula é curto para tanto assunto, mas o debate cria novas experiências e a troca de informações é ríquissima!